sábado, 16 de abril de 2011

Sócrates entre o destino dos homens e a busca da felicidade





Seguindo a frase inscrita no templo de Apolo em Delfos “conhece-te a ti mesmo”, o filósofo Sócrates perguntava insistentemente sobre o ser do homem. O que é ser um homem justo?
Preocupado com o destino (ético) do homem na cidade de Atenas em pleno século de Ouro (séc. V a.C - desenvolvimento da democracia, mais também da corrupção no contexto do governo de Péricles), Sócrates indaga os homens de seu tempo (e os homens e mulheres de hoje) sobre sua condição enquanto ser. Logo, para a filosofia socrática se o homem se distingue enquanto ser pela sua alma e se a alma é o eu consciente e inteligente, então a virtude (areté), ou seja, aquilo que reflete e atualiza plenamente essa consciência e inteligência não pode ser senão a ciência e o conhecimento. O video acima, ajuda-nos a entender que as responsabilidades, como, por exemplo, o exercício da atividade política (jurídica etc.) deve ser entendido como um valor supremo para os homens é, portanto, no conhecimento, que se realiza por essência aquilo que o homem deve ser, cuja essência é a alma e que se encontra na busca da sabedoria (no exercício da filosofia). Daí não entregar os destinos da cidade (de Atenas) a qualquer um, mas aos homens íntegros e desejosos de conhecimento, que não almejam o poder e a riqueza (materiais) que são efêmeros e sim a maior das riquezas que é o conhecimento.

Deste modo, evitar o maior dos males, o desconhecimento (a ignorância, como diria Platão), é a razão pela qual vivemos todos os dias procurando um sentido para a vida e para os destinos da humanidade!


"... para o homem nenhum bem supera o discorrer cada dia sobre a virtude e
outros temas de que me ouvistes praticar quando examinava a mim mesmo e
a outros, e que uma vida sem exame não é digna de um ser humano...".
(Platão, Apologia, 38 a).

"Eu estou a disposição tanto do pobre quanto do rico, sem distinção
[...] podeis reconhecer que sou bem um homem dado pelo deus à cidade por
esta reflexão: não é conforme à natureza do homem que eu tenha
negligenciado todo os meus interesses [...] para me ocupar do que diz
respeito a vós [...] para persuadir cada um a tornar-se melhor".
(Platão, Apologia, 32 b e 31 b).

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