quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Song for longing ...


"I have a dream, a song to sing, to help me cope with anything ..."

Dos olhares distantes às lembranças presentes, no arrebol está a nostalgia que fica das coisas que passam, mas também solidifica no coração um passado distante das cenas e das palavras cravadas que ficam.

Assim é o retrato da saudade de quem se ama que como um viajante se vai, mas como a estrada que leva com muita força ela também volta.

Saudade de quem se ama não é remorso, é lembrança que serve de alimento para quem no passado já se nutriu com abraços, beijos, gestos e as palavras mais doces desta vida, e como quem nunca se dá por satisfeito ainda não se preencheu do outro em sua eterna entrega.

Na confluência dos extremos esculpidos por Deus estão o nascimento e a morte, a profusão do que nos liberta e nos iguala em natureza humana e divina. 

E assim, em cada página escrita no livro da vida, as lembranças nos visitam para cortejar cada instante bom da vida como se aqueles, que amamos, estivessem sempre presentes. 

"... and my destination makes it worth the while".   



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"Aos que a certeza da morte entristece, a promessa de imortalidade consola. Ó Senhor, para os que creem em Vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado nos céus um corpo imperecível" (prefácio dos fiéis defuntos I) 


(In memoriam João Eufrásio e Maria Eunice).