Precisamos cortejar a imaginação, dividir o tempo em estágios como se mil anos fosse uma vida, que pudesse ser nutrida por pensamentos em fagulhas de sonhos, como se cada período dividido em dias, meses e anos fossem degraus de uma grande escadaria que levassem ao porvir, alimentando as esperanças e afugentando a desilusão.
Travessias de pensar
BEM-VINDOS AO NOSSO ESPAÇO DE REFLEXÃO E DE TRAVESSIAS PELOS MEANDROS DO PENSAR! "A morada do homem é o extraordinário" (HERÁCLITO DE ÉFESO)
sábado, 31 de dezembro de 2022
É tempo de esperançar ...
terça-feira, 4 de outubro de 2022
Francisco, o arauto da diaconia
A sabedoria de São Francisco de Assis (1182-1226) é sacramentalmente representada pela dimensão do serviço (dianonia). Vivencia o serviço com sua entrega pelo amor e caridade aos pobres. Enquanto modelo de servidor, manifesta sua missão mediante um grande desafio, a edificação da comunidade por meio e graça da santidade, testemunho e doação aos pobres. Além do constante exercício da dimensão espiritual, através do culto e da reflexão evangélica, no seguimento do Cristo e na atividade edificante de testemunhar o amor de Deus.
domingo, 15 de novembro de 2020
Erguer a mão ao pobre!
No dia alusivo ao IV Dia Mundial dos Pobres, celebrativo convencionado pelo papa Francisco para promoção da reflexão acerca dos dramas materiais e existenciais da pobreza humana, a reflexão se torna urgente, uma vez que somos convidados a viver uma profunda pobreza evangélica.
Na fronteira da simples relação de oposição entre riqueza e pobreza, existe uma riqueza-pobre e uma pobreza-rica. Essa nuance é possível de se enxergar, desde que se vença o manto da cegueira e do anestesiamento coletivos, e, portanto, ao adoecimento dos sujeitos, ao vazio existencial, à crise financista e ao pânico social.
A nova idolatria moderna vê o ser apenas ali onde está o ter, por isso, promove como referências, a reluzência das espetacularizações midiáticas, a desinformação da informação oca das redes sociais, o poder sem relação com a legitimidade, à moeda sem relação com a produção.
Hodiernamente, a pobreza se massifica e se institucionaliza pela omissão nos projetos governamentais. Até 2021, segundo o Banco Mundial (2020), 150 milhões de pessoas podem mergulhar na pobreza extrema. 82% dos novos pobres vivem no Brasil, ou seja, vivem com menos de 12 reais por dia.
O papa Francisco em sua mensagem para este dia, ressalta a importância do gesto simbólico, materializado na esteira de um profundo gesto que nos leva da imanência à transcendência “Estende tua mão ao pobre” (Eclo 7,32), quando nos lembra em tempos de pandemia das ricas expressões da caridade.
A pobreza que decorre das imensas e abissais desigualdades sociais que persistem no Brasil contemporâneo é território de uma classe social deslocada do universo das sociabilidades, que torna o pobre um pária da sociedade em meio a cultura da indiferença.
O sentimento que ecoa da sociedade é de “Aporofobia”, do grego άπορος (á-poros), indigente, pobre, isto é, φόβος (fobos), medo; rejeição, hostilidade e aversão às pessoas pobres e à pobreza.
O pobre é destituído da cidadania reificada de nossos tempos. Isso diz pouco sobre como o pobre é, mas diz muito sobre as patologias da sociedade contemporânea que precisam ser exorcizadas, a partir do sublime gesto de "estender a mão".
(Na foto, oléo sobre tela "Retirantes" de Candido Portinari, pintado em Petropólis-RJ, 1944)
domingo, 12 de abril de 2020
A ressurreição e o milagre da vida
quinta-feira, 26 de dezembro de 2019
Natal é tempo de milagre
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
Song for longing ...
Dos olhares distantes às lembranças presentes, no arrebol está a nostalgia que fica das coisas que passam, mas também solidifica no coração um passado distante das cenas e das palavras cravadas que ficam.
"... and my destination makes it worth the while".
quinta-feira, 9 de maio de 2019
Dream for mother
as mãos e pés calejados me trazem uma icônica lembrança,
do consolo nos braços maternos das tardes cinzentas de outono.
Ao trazer na memória essa lembrança,
reavivam alguns dos sonhos da minha infância,
mesmo quando a dor calcina.
anseio pelo prelúdio de um pôr do sol celeste,
restando-me um sopro de vida e as lições legadas pela minha amada mãe.
E, se a saudade demarca seu território em cada primavera,
os sonhos que tenho são a marca indelével de minhas lembranças,
sabendo que a presença eterna de minha mãe,
se fortalece nos braços de minha família.
I have a dream
A song to sing
To help me cope ...!
Uma música para acompanhar a leitura do poema acima, interpretado por Richard Clayderman no piano com "I have a dream": http://www.youtube.com/watch?v=mVXWMmiTTE0
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
O ano novo e uma oração para o tempo
O tempo é testemunha da vida que passa, como passa mais um ano, passam nossas vidas. A vida é quem tem pressa, o tempo cronológico viseja diante das horas, dias, meses e anos como instantes fossem. O velho ano que se entrega nestas horas que faltam está nas mãos de Deus, o novo ano cabe a cada um de nós construí-lo tecendo seus fios numa longa teia de sentidos.
Rogamos ao Senhor que Ele sempre esteja conosco para que possamos fazer dos dias que vem um tempo kairológico, a morada do amor, da paz e da justiça fraterna nos instantes que passam, mais também que ficam.
Esta é a oração do tempo que é imprescíndivel para a vida, um tempo que não vai, mas que fica.
O futuro não é algum lugar para o qual estamos indo, mas um lugar que estamos construindo.
Seja 2019 frutuoso e abençoado como os acordes de uma bela melodia para vida.
Feliz Ano Novo!
São os votos de Marcelo e família.
domingo, 23 de dezembro de 2018
Natal e a arte do encontro
Feliz Natal.
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
A essência para vida - Dia dos Finados
"Então o Rei dirá aos que estão à direita: 'Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim'" (Mt 25, 34-36).
No entardecer da vida o encontro com a morte, ela não pode ser a essência para vida, mas a alvorada para o encontro com o sentido da natureza humana.
Não há essencialmente a vida sem perdão e amor, uma vez que são estes que nos trazem a perfeição à alma e atinge o ápice da altitude divina, afinal só se sobe em espírito quando se desce em matéria. Só se pode elevar a individualidade quando a personalidade se reduz.
Só há vitória quando derrotamos a nós mesmos em nossas vaidades. E só teremos amor quando a ele renunciarmos para doá-lo aos outros.
Fazendo memória dos mortos, celebrando a vida em sua essência eterna.
Obs. A composição do "Cannon" de Pachelber nossa introspeção.