Nós humanos somos seres
engraçados, precisamos brincar com a imaginação, dividir o tempo em estágios como
se mil anos fosse nossa vida, nutrida por pensamentos em fagulhas de sonhos,
como se cada período dividido em dias, meses e anos fossem degraus de uma
escadaria que nos leva ao porvir, alimentando as esperanças e afugentando a desilusão.
E se as coisas não dão certas, lá
vem mais um ano, como a metáfora de uma escadaria em que cada degrau é uma
tentativa de sentir a felicidade.
Se certezas ou não, o importante em
cada escalada de um degrau a ser vencido é apaziguar as inquietações diante do
que a razão desconhece. Assim o é desde o prelúdio mitológico que abraçou com veemência
o homo sapiens na primavera dos tempos. Desta constatação nascem
algumas notas para bem acolher os dias que vem...
Se os tempos são líquidos, que
cada instante não seja efusão do efêmero, procure viver na sua mais entusiasmada
essência.
Se o prólogo da vida revelar
instantes de incerteza, o desejo de bem viver austeramente seja o mapa que
conduza os dias.
Se o novo ano lhe traga inquietações,
tranquilize sua alma, encontre nas perguntas motivos de buscar intensamente as
alegrias e a maturação em cada descoberta.
Tempo novo é assim, como um
acorde para composição das melodias da vida, frutuoso como o anseio pela
chegada da amada, palpitante como a contagem na espera de uma surpresa.
Não dá para esperar, que os dias sejam esperançosos,
inspiradores e reveladores como o suspiro incólume de cada degrau que se almeja
chegar.
Feliz Ano Novo a todos (as)!
Com esperanças, Marcelo.
Feliz Ano Novo a todos (as)!
Com esperanças, Marcelo.