domingo, 16 de abril de 2017

A flor amarela




Cada vida que nasce é sinal indelével do amor e da criação divina, desde uma insípida bactéria que completa e harmoniza todo ecossistema até a natureza humana que se projeta para manifestar a expressão da equidade entre o sensível e o inteligível, que nasce, brota e dá sentidos à natureza.

A pequena semente que brotou no nosso jardim, e que minha pequena menina rega freqüentemente, desde que plantamos juntos faz alguns meses, ganhou um carinho especial neste Domingo (Pascal), a plantinha com suas pequenas folhas intensamente verdes recebeu do sol o brilho intenso para agraciar-nos com sua beleza, nos presenteando com sua flor intensamente amarela. Justamente para surpresa de quem adquire a semente sem saber a cor que serão as flores, o amarelo que significa luz, calor, otimismo e alegria, ao mesmo tempo, simboliza o sol, a prosperidade e a felicidade.

Nada mais esplendoroso como dádiva divina do que a vida, simbolizada no desabrochar do botão de uma flor.

A flor manifesta a graciosidade e beleza da vida que nasce e se transforma numa planta sem igual. Às vezes o sol a calcina, em outras a afaga. Nestes tempos raramente a chuva a castigava ou freqüentemente a menininha no oficio de jardineira faz o trabalho de regá-la na esperança pelo desabrochamento, cuidando, cativando e sublevando suas raízes na espera por sua espontânea beleza. Não raro à noite a envolve mansamente. Nunca a ouvi queixar-se por causa do calor ou do frio. Jamais cobra alguma coisa por sua majestática beleza. Nem o agradecimento. Ela se dá simplesmente. Gratuitamente. Não é menos majestosa quando o sol a acaricia de que quando o vento a açoita. Não cuida se a olha. Nem se incomoda se a galga. Ela é como Deus: tudo suporta; tudo sofre; tudo acolhe. Deus se comporta como ela. Por isso a plantinha com sua flor (amarela) é um sacramento de Deus: revela, recorda, aponta, reenvia.

O amor pelo outro e por aquilo que se faz gera fé na vida em plenitude. Feliz Páscoa!    

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