Cada
vida que nasce é sinal indelével do amor e da criação divina, desde uma insípida
bactéria que completa e harmoniza todo ecossistema até a natureza humana que se
projeta para manifestar a expressão da equidade entre o sensível e o inteligível,
que nasce, brota e dá sentidos à natureza.
A
pequena semente que brotou no nosso jardim, e que minha pequena menina rega
freqüentemente, desde que plantamos juntos faz alguns meses, ganhou um carinho
especial neste Domingo (Pascal), a plantinha com suas pequenas folhas
intensamente verdes recebeu do sol o brilho intenso para agraciar-nos com sua
beleza, nos presenteando com sua flor intensamente amarela. Justamente para
surpresa de quem adquire a semente sem saber a cor que serão as flores, o
amarelo que significa luz, calor, otimismo e alegria, ao mesmo tempo, simboliza
o sol, a prosperidade e a felicidade.
Nada
mais esplendoroso como dádiva divina do que a vida, simbolizada no desabrochar
do botão de uma flor.
A
flor manifesta a graciosidade e beleza da vida que nasce e se transforma numa
planta sem igual. Às vezes o sol a calcina, em outras a afaga. Nestes tempos
raramente a chuva a castigava
ou freqüentemente a menininha no oficio de jardineira faz o trabalho de regá-la
na esperança pelo desabrochamento, cuidando, cativando e sublevando suas raízes
na espera por sua espontânea beleza. Não raro à noite a envolve mansamente.
Nunca a ouvi queixar-se por causa do calor ou do frio. Jamais cobra alguma
coisa por sua majestática beleza. Nem o agradecimento. Ela se dá simplesmente.
Gratuitamente. Não é menos majestosa quando o sol a acaricia de que quando o
vento a açoita. Não cuida se a olha. Nem se incomoda se a galga. Ela é como
Deus: tudo suporta; tudo sofre; tudo acolhe. Deus se comporta como ela. Por
isso a plantinha com sua flor (amarela) é um sacramento de Deus: revela,
recorda, aponta, reenvia.
O amor pelo outro e
por aquilo que se faz gera fé na vida em plenitude. Feliz Páscoa!
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