terça-feira, 21 de julho de 2015

La faim consume la terre!







Para pensar sobre a sistematização do mundo “dualista” (subdesenvolvido X desenvolvido) conforme já estudou a teoria da marginalidade do sociólogo Francisco de Oliveira, fiz este modesto verso no passado (aqui tem alguns trechos), para suscitar a reflexão sobre a questão da luta pela sobrevivência das camadas sociais mais carentes e marginalizadas, numa sociedade que insiste na individualização dos recursos materiais e naturais em detrimento da humanização da vida.


A fome consome a terra


Terra sem dono
Povo no pano
Gente de fome
Sistema consome
Dono em luta
Atrás da disputa
Com forte, mordaz
Sem sorte, voraz
É o povo na terra
Que vive na serra
Na busca do chão
Pra fugir do sertão
Pois a fome consome
Este povo sem nome (...)

Protege o filho na queda
A mãe fugindo da pedra

Ela sabe viver
No viver e no sofrer
Na morte e na vida
Na vida partida
As cercas massacram
Os nobres arrasam
Este povo de fome
Que a terra consome.









2 comentários:

  1. Cada vez mais afinado com a vida real, parabéns estimado cientista. Deus sempre contigo!

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    1. Querido amigo Ferdinando, meus cumprimentos. Obrigado pela leitura e impressão, fraterno abraço!

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