sábado, 14 de fevereiro de 2015

Valentine’s Day – Dia dos Namorados e dia de celebrar o casamento!







Em tempos absolutamente “pós-modernos” em que têm sido convencionada a prática dos relacionamentos relâmpago, de matrimônios “de se der certo continua” nada mais devotivo e simbólico do que fazer memória a São Valentim, padroeiro dos namorados e dos casais.
Antes de qualquer coisa, o legado do pater familiae romano, embora juridicamente basilar, não pode sucumbir à dimensão sacramental do matrimônio. Ao celebrar núpcias na doutrina cristã, particularmente católica, os ensinamentos evangélicos afirmam que de Deus se recebe um sinal indelével, cuja graça a nenhuma homem ou mulher cabe devolvê-lo ou negá-lo. Afinal, graça sacramental não se apaga. Conforme reza o catecismo da Igreja: 1601. «O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de sacramento» (VATICANO, 2005, 93). Nestas circunstâncias como negar uma bênção? 

Na contramão do senso comum e do vilipêndio matrimonial conta a tradição, que na véspera do dia 14 de fevereiro, dia de São Valentim, os casais franceses depositam um “cadeado do amor” na Pont des Artes no rio Sena em Paris. Assim, o cadeado que representa um determinado casal simboliza um relacionamento que nunca termina, sacramentado com o ritual da chave do cadeado arremessada no rio Sena. Se alegórico ou não, o fato é que a dimensão sacramental do matrimônio simbolizado pela tradição da Pont des Artes passa também pelo legado do seu padroeiro. 



A comemoração desta data (14 de fevereiro) remonta a antiguidade clássica, no Império romano. Conta a história dos santos que um bispo da Igreja Católica, São Valentim, foi proibido de realizar casamentos pelo imperador romano Claudius II. Porém, o bispo desrespeitou a ordem imperial e continuou realizando as celebrações matrimoniais, secretamente. Em decorrência de seu ato de desobediência ao tirano imperador, São Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava na prisão, recebeu vários bilhetes e cartões, de jovens apaixonados, valorizando o amor, a paixão e o casamento. O bispo Valentim foi decapitado em 14 de fevereiro do ano 270. 

Em sua homenagem, esta data passou a ser destinada aos casais de namorados e ao amor. A comemoração passou a ser realizada, principalmente, na Europa e, posteriormente (século XVII), nos Estados Unidos.

O mártir Valentim, se tornou santo porque morreu pelo testemunho de seu sacerdócio. A Igreja o considera padroeiro dos namorados por ter defendido com sua vida o sacramento do casamento.

São Valentim, padroeiro dos namorados e casais, a partir de sua perseverança missionária quis defender o sacramento do matrimônio, mesmo diante do obscurantismo mundano. Seu testemunho de vida é sinal de que apesar das dificuldades que nascem cotidianamente, amor, fé, diálogo, cumplicidade e maturidade devem permear os relacionamentos amorosos como sinais de Deus. 



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