sexta-feira, 12 de março de 2010

Uma semana entre o gênero e o direito



Uma das grandes questões que perpassam a história das relações de conflito social na contemporaneidade é a luta emancipatória das mulheres pela garantia dos seus direitos, já ficou registrado desde os tempos neolíticos, época do matriarcado, que o gênero feminino tem seu potencial, o problema já dizia Engels na sua "Origem da Propriedade Privada, da Família e do Estado" que as relações patriarcais, privatistas e excludentes separaram aqueles que a natureza os fez iguais. Das lutas revolucionárias, dos processos de repressão e de violência doméstica ali estavam as mulheres sonhando e conquistando seus espaços, até a lei manifestou os arranjos para simetria desses espaços, graças, por exemplo, às lutas como de Maria da Penha, surgiram "tutelarias" como a Lei n. 11.340/06. Nesta semana quando vi (segunda-feira) o dia internacional da mulher ser comemorado folcloricamente não tive a dimensão de conquista nenhuma, mas ao terminar (sexta-feira), a "semana da mulher" (como se as mulheres só merecessem homenagens nesta semana), acabei percebendo o quanto as lutas, as teorias, as leis e os sonhos do gênero feminino valem muito ser vividos. Ao ver nesta sexta o resultado da minha irmã diante de suas lutas, suas dificuldades e diante de tanta provação, ter logrado a aprovação no mestrado em direito (UFPB) na área de direitos humanos, com um estudo sobre gênero e direito, vejo que mesmo com dificuldades, as mulheres são fortes, lutam, e nós homens achamos que temos tudo, falaciosamente acreditando que somos senhores e dominadores das mulheres de hoje!

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